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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

NOVELA DE RÁDIO

(Uma velha de 60 anos entra na Igreja e vai se confessa com o padre)




Velha - Padre! Padre Ambrosio!.... Preciso me confessar. ( chorando e comendo uma banana).

Padre- Você de novo? (O padre está costurando uma roupa ou manuseando alguma coisa)

Velha - Sim, padre, eu de novo. Eu não sei o que é que eu tenho, que nem um homem olha para mim.

Padre- Não será o que você não tem?

Velha - Olhe aqui padre:. Eu tenho tudo de bom pra dá. Me diga o que é que eu faço com este fogo que me queima.

Padre - Vá aos pés de São Pedro e reze trezentos Pai Nosso e trezentas Ave Maria. E só volte daqui a uns seis meses e me diga o que mudou.

Velha- Mas padre... Não é Santo Antonio?

Padre- Por que Santo Antonio sempre fica com a parte mais difícil? (Com outro tom de voz) Procure São Pedro, ele é mais desocupado.

Velha- Mas, padre... Trezentos Pai Nosso e trezentas Ave Maria, todo dia? O senhor acha isso pouco?

Padre- Tudo bem minha filha! Reze mais quatrocentos Credos pela sua desobediência.

Velha - Credo!

Padre - Creio em Deus padre, e vá. (ela sai chorando) Todo dia a mesma coisa é demais! Nem Deus agüenta isso, quanto mais eu que sou padre.



(Entra uma ninfeta toda exuberante que entra no confessionário e começa a falar toda dengosa.



Ninfeta- Padre!

Padre- Pode falar que eu estou ouvindo (continua fazendo algo).

Ninfeta - O senhor está zangado?

Padre - Eu? Que isso! Todo mundo vem aqui pedir para que eu resolva seus problemas, e eu? Como fico? Quem vai resolver os meus?

Ninfeta - Então o senhor não vai poder resolver meu problema.

Padre - E qual é o seu problema, minha filha?

Ninfeta - Acho que só Deus.

Padre - Mais um problema para o padre. Todo mundo vem aqui pedir ajuda a Deus, e o padre é que paga o pato, desembuche.

Ninfeta - É que eu estou com problema de amor mau resolvido.

Padre - É só o que me faltava! Toda gorda desta cidade vir aqui falar de casos de amor mau resolvidos.

Ninfeta - É que minha mãe...

Padre - E quem é sua mãe?

Ninfeta - Maria Sabiá

Padre - Hein!? (Larga tudo e olha pelo buraco do confessionário) Conte-me tudo, não me esconda nada. Eu sou todo ouvido.

Ninfeta - Eu posso voltar depois o senhor estava tão bravo.

Padre - Imagine! Eu? Nada ! Eu sou um filho de Deus que está sempre pronto para cuidar das ovelhas do seu rebanho.

Ninfeta - É que eu... e o cacau... estamos namorando. E ele ontem me chamou de gostosa.

Padre - Sim é verdade...! Quero dizer... É verdade?

Ninfeta - E depois, ele me beijou na boca.

Padre- Na boooca!

Ninfeta - E depois!

Padre - E depois?

Ninfeta - Depois ele foi descendo, descendo.

Padre - Foi descendo? Malvado ( abraça uma boneca inflável).

Ninfeta - Essa, foi a parte que eu mais gostei. Por que ele, desceu mais, e foi tirando minha roupa com os dentes, uma por uma, e me beijando dos pés a cabeça, eu fiquei louca.

Padre - (Com um tom de voz diferente)Eu também estou ficando!

Ninfeta - E começou subir aquele fogo.

Padre - Esse fogo? (se abanando com as mão).

Ninfeta - Daí, eu não vi mais nada! Por que o fogo me queimava... e queimava fervorosamente. O senhor não imagina a loucura.

Padre - Ah, eu imagino...imagino!

Ninfeta - Só que minha mãe bateu na porta do quarto e cortou meu barato. Ele saiu pela janela!

Padre - E aí?

Ninfeta - Eu fiquei no fogo e nada mais.

Padre - Você quer apagar seu fogo?

Ninfeta - Sim quero! Eu já não suporto esse fogo! Minha mãe disse que eu tenho que rezar com o padre por que o senhor é muito experiente e pode resolver esse problema com poucas palavras.

Padre - Isso é verdade minha filha. Venha cá que eu vou lhe mostrar o mapa do caminho.

Ninfeta - Eu só vou tirar minhas coisas e já entro.



(O padre entende, acha que ela vai tirar a roupa e tira toda a sua roupa também. Fica só de cuecão .A velha, tendo voltado da penitência, vem falar com o padre. Então a garota sai).



Velha - Pronto padre! Eu estou pronta.

Padre - Pode entrar, meu chuchuzinho! ( agarra a velha e quando vai beijá-la toma o maior susto) Aaaai!! Mas que marmota é esta? Você de novo? Será o Benedito?

Velha - Padre Ambrosio, o que é isso? (estupefata)

Padre - Isso o quê?

Velha - ( aponta maravilhada para a cueca do padre).

Padre - ( se enrola com as palavras e com a roupa) Bem... ah...um...um! é um apito de chamar anjos (juntando as roupas).

Velha - Padre eu posso assoprar no seu apito de chamar anjos?

Padre - O quê? ( tampando as coisas) mais o quê que a senhora está pensando? Você vai pro inferno. (bravo) Suma daqui



(Ela sai correndo)



Padre - (tirando as coisas da frente) Se bem que num caso desses bem que... (sai atrás dela).

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